Perguntas mais frequentes
Texto original: The Distributist Review
Livre tradução do Editor
O que é Distributismo?
O Distributismo tem suas raízes nas
teorias sociais e econômicas articuladas nos documentos dos
pontífices católicos, começando com o Papa Leão XIII, na "Rerum
Novarum". Essas encíclicas sociais trazem imperativos para as
transações econômicas e suas relações com o trabalho,
solidariedade, salários, ampla difusão da propriedade e os limites
apropriados à tecnologia. O Distributismo é um sistema econômico
de acordo com os princípios desses documentos, e é centrado na mais
vasta posse de propriedade possível, como a melhor garantia da
liberdade política e econômica. Uma família que tenha sua própria
terra ou suas próprias ferramentas pode levar sua vida sem ser
dependente de um emprego oferecido por terceiros. Assim, o
Distributismo almeja estender a propriedade para o maior número
possível de proprietários, e acabar com a concentração da
propriedade nas mãos de poucos capitalistas, ou do Estado.
O que são os 'meios de produção'?
Meios de produção são terra,
ferramentas e equipamentos necessários ao trabalho de transformação
de materiais brutos em bens e serviços. Como riqueza (bens ou
serviços) somente é possível pela combinação dos meios de
produção, trabalho e matérias-primas, acreditamos ser melhor
quando são adquiridos em modelo de cooperativa (de propriedade do
trabalhador) ou inteiramente operados pela família.
Vocês são Capitalistas ou
Socialistas?
Nenhum dos dois. Capitalismo - ou
proletarianismo - é um sistema baseado na maximização do retorno
dos investimentos, e busca isso à custa do trabalho e do bem comum.
O Socialismo busca eliminar a propriedade e colocá-la nas mãos de
um governo impessoal e centralizado. Ambos sistemas - Capitalismo e
Socialismo - limitam a real propriedade na prática. A única
diferença entre um Estado socialista e um capitalista é se o poder
está concentrado em poucas mãos privadas ou burocráticas.
Então vocês não apoiam um "Governo
Grande/Estado Grande"?
Distributistas são descentralistas,
que acreditam que a maioria das funções organizacionais (negócios,
governo ou trabalho) deveriam ocorrer no menor nível de competência
possível (subsidiariedade). Instituições como cooperativas e
governos locais contribuem para a redução dos controles excessivos
em larga escala, sejam eles burocráticos ou comerciais.
O que tem a ver com justiça?
Desde os tempos de Aristóteles os
filósofos e economistas consideram a justiça como um elemento
integrante do mercado; um fator a ser considerado antes que as trocas
se efetivem. Todavia, durante o período da história conhecido como
Iluminismo, surgiu o equívoco de que a justiça social viria somente
por meio das "forças do mercado", ou do planejamento
centralizado pelo governo. Nesse caso, o homem se torna uma mera
engrenagem na máquina da economia, ele é reduzido a uma
insignificância material que desconsidera sua natureza decaída ou
telos (propósito). Assim, reconhecemos a dependência do homem aos
bens materiais, reconhecemos que o comércio e as políticas sociais
devem estar subordinados à sua vocação virtuosa.
Não seria o Distributismo menos
eficiente, tornando a todos mais pobres?
Embora o capitalismo afirme ser
altamente "eficiente", ele não funciona tão bem sem
massivas despesas e intervenções governamentais. Os distributistas
afirmam que a propriedade produtiva é uma geradora genuína de
riqueza, porque serve e sustenta a família materialmente (comida,
roupa e abrigo), e cultiva a alma através do trabalho. Ademais,
evidencia-se que a propriedade distribuída é na verdade mais
eficiente e menos dependente de enormes conglomerados governamentais
ou corporativos. A propriedade significa liberdade para as famílias
em relação à volatilidade financeira; partindo da perspectiva dos
proprietários, a terra transcende os valores de mercado, devido à
sua indispensabilidade para a estabilidade da família.
Qual é a sua posição em relação
à nossa atual crise econômica?
Salários estagnados, usura,
especulação, derivativos, desperdício e dívidas dos consumidores
são somente uma parte dos problemas que transformaram uma terra de
pequenos negócios e pequenos fazendeiros em uma nação dividida
entre corporações entregando suas responsabilidades aos
contribuintes e um governo complacente com os empregos sendo enviados
ao exterior. Com relativamente poucos produtores e mais produção
terceirizada, a confiança da família em obter alimentos saudáveis,
salários justos, casa própria, serviços de saúde e educação
apropriada para seus filhos através do emprego, entrou em colapso.
Como o Distributismo planeja nos ajudar
a restabelecer a sanidade econômica?
Nós acreditamos que um renascimento da
economia local irá reparar o dano causado pelas grandes empresas que
pressionam o governo por maiores subsídios do erário público. O
Distributismo avança com uma economia humana e uma política social
investida nas necessidades da família, através da posse da
propriedade e tecnologia sob medida. Nossos objetivos incluem a
restauração do sistema de cooperativas, o apoio a negócios
familiares, a promoção empresarial nas propriedades dos
trabalhadores, empréstimos de microcrédito, apoio a agricultura
comunitária e a associações encarregadas de implementar programas
de produção vigorosos. Apoiamos iniciativas políticas para
favorecer políticas de tributação diferenciadas, assistência
jurídica para os negócios caseiros, assim como a revisão de
práticas dos setores contábil e bancário. Pretendemos atingir
nossos objetivos formando um movimento popular de acadêmicos e
leigos, trabalhando juntos para criar seções regionais dedicadas à
execução do programa Distributista.
Isso tudo não é muito utópico?
Não, o Distributismo é um sistema
prático, que é validado por vários exemplos de empresas
Distributistas em funcionamento; em pequena escala, existem milhares
de empresas baseadas em casa e de posse dos seus trabalhadores,
bancos de microcrédito, cooperativas de crédito, e companhias de
seguros; em grande escala, há a corporação de cooperativas
Mondragón, na Espanha, uma das mais bem sucedidas cooperativas na
Europa, e a economia Distributista de Emilia-Romagna (Bologna), na
Itália, onde mais de 45% do PIB vem de cooperativas, e que possui
um padrão de vida que é o dobro do restante da Itália, e um dos
maiores da Europa. As economias e companhias Distributistas têm uma
vantagem competitiva inerente sobre suas contrapartes capitalistas e
socialistas, assim como benefícios sociais e comunitários que o
capitalismo e o socialismo não conseguem desenvolver.
Bom blog, eu tenho admiração pelo distributismo pois foi graças a ele que os democratas cristãos na Alemanha criaram a Economia Social de Mercado.
ResponderExcluirParabéns pelo ótimo trabalho!
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