tag:blogger.com,1999:blog-65803040110164605542024-03-08T16:47:00.909-03:00Distributismo - Brasil<center>Blog Distributismo - Brasil, seu principal meio de informações, em língua portuguesa, sobre a filosofia socioeconômica fundada por Hilaire Belloc e G. K. Cherterton, inspirados na Doutrina Social da Igreja e na sociedade Medieval.</center>O Distributistahttp://www.blogger.com/profile/09970316824484894605noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-6580304011016460554.post-7870862284335670612013-12-11T18:11:00.005-02:002013-12-11T18:16:19.806-02:00Refutando as acusações liberais<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Aula sobre o tema do Distributismo</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Palestrante: Guilherme Freire</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Realizado no <a href="http://www.formacaopolitica.com.br/" target="_blank"><span style="color: blue;">Círculo de Estudos Políticos</span></a></span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: blue; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>Refutando as acusações liberais</b></span><br />
<span style="color: blue; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b><br /></b></span></div>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/yMbQd12_U2c?rel=0" width="420"></iframe></center>
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O Distributistahttp://www.blogger.com/profile/09970316824484894605noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6580304011016460554.post-34527128488917214732013-12-06T04:28:00.000-02:002013-12-11T18:16:41.471-02:00Aula expositiva sobre o Distributismo<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Aula sobre o tema do Distributismo e Chesterton</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Palestrante: Guilherme Freire</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Realizado no <a href="http://www.formacaopolitica.com.br/" target="_blank"><span style="color: blue;">Círculo de Estudos Políticos</span></a></span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: blue; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><a href="http://www.formacaopolitica.com.br/portfolio/chesterton-e-o-distributismo-introducao/" target="_blank"><b><span style="color: blue;">Chesterton e o </span><span style="color: blue;">Distributismo </span><span style="color: blue;">- Introdução</span></b></a></span></div>
<br />
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="370" src="//www.youtube.com/embed/5w0g3-p9CLs?rel=0" width="430"></iframe></center>
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><a href="http://www.formacaopolitica.com.br/portfolio/chesterton-e-o-distributismo/" target="_blank"><span style="color: blue;"><b>Chesterton e o Distributismo - Aula</b></span></a></span></div>
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<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"></span><br />
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O Distributistahttp://www.blogger.com/profile/09970316824484894605noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6580304011016460554.post-24334980298374395832013-12-06T04:11:00.000-02:002013-12-06T04:12:05.530-02:00Chesterton e o distributivismo<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Artigo original: <a href="http://revistavilanova.com/chesterton-e-o-distributivismo/" target="_blank"><span style="color: blue;">Revista Vila Nova</span></a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Guilherme Freire</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">“Nossa sociedade é tão anormal que
o homem normal nunca sonha em ter a ocupação normal de cuidar se
sua própria propriedade. Quando ele escolhe um negócio, ele escolhe
um, entre milhares de negócios, que envolve cuidar da propriedade
dos outros.” G.K. Chesterton</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Inspirado pela encíclica do Papa Leão
XIII, <i>Rerum Novarum</i>, o filósofo e jornalista inglês Gilbert Keith
Chesterton divulgou e ajudou a criar uma forma de pensar a economia
baseada na Doutrina Social da Igreja Católica. O estudo foi feito na
esperança de recolocar a família e as pequenas propriedades no
centro da organização econômica da sociedade. Essa escola de
pensamento foi chamada de distributivismo (ou distributismo).</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O distributivismo não pode ser
confundido com a estatização dos meios de produção, ou sua
redistribuição forçada pelo Estado, que seria socialismo. Trata-se
da distribuição natural da riqueza que se dá quando a produção
já se encontra descentralizada. A idéia é priorizar empresas
familiares de qualquer espécie, ou firmas cuja propriedade é
dividida entre os empregados (como cooperativas), ou ainda pequena
empresas e empresas de médio porte com atuação local. Também
pequenas iniciativas privadas e trabalhos independentes, em geral,
correspondem a essa descentralização da economia.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Essa defesa das pequenas propriedades,
na perspectiva distributivista, não se dá por meio da força ou da
coação. Na encíclica <i>Rerum Novarum</i>, Leão XIII diz que os
socialistas, na medida em que violam o direito de propriedade, e usam
a força para promover igualdades, criam uma elite mais poderosa que
a elite anterior. Juntando o poder econômico com o poder político,
a nova elite concentra ainda mais a propriedade. Chesterton completa
dizendo que “Nenhuma sociedade pode sobreviver da falácia
socialista de que existe um número absolutamente ilimitado de
autoridades inspiradas e uma quantidade absolutamente ilimitada de
dinheiro para pagá-las”.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A descentralização também não se dá
por meio de um liberalismo fora de perspectiva. Se o único valor do
indivíduo for a vitória do mundo capitalista – jogando a caridade
no lixo –, esse mesmo indivíduo pode perfeitamente usar essa
vitória, não para prestar serviços e fornecer bens dos quais as
pessoas precisam, mas para colocar em uma péssima situação seus
trabalhadores, ou para destruir o próprio sistema capitalista. É o
que acontece quando, por exemplo, George Soros financia partidos e
causas socialistas (Soros e os Rockefellers são a personificação
viva da frase “Capitalismo demais não significa capitalistas
demais, mas capitalistas de menos”).</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Autor de um grande livro sobre São
Tomás de Aquino (capaz de arrancar elogios imensos de Étienne
Gilson), Chesterton tirou muitas coisas da obra do Doutor Angélico,
inclusive as bases teóricas para desenvolver uma visão da economia
que nem caísse na usura, e nem no autoritarismo. Essa influência
foi ressaltada no Brasil por Gustavo Corção, autor do clássico
“Três alqueires e uma vaca”.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Foi de certa forma, por influência de
São Tomás, que toda essa escola de pensamento ligada à Doutrina
Social da Igreja conseguiu ser refinada intelectualmente. De Tomás
veio a idéia segundo a qual não se deve buscar justiça por meio da
violência ou do isolamento, mas sim de maneira prudente e caridosa
ou, por outra, buscar que cada indivíduo tenha seus meios de
autossuficiência e sua propriedade, evitando a criação de uma
classe de dependentes.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Tendo propriedade o indivíduo obtém
uma liberdade que não tinha. Já dizia Chesterton que ao dar dez
libras a um indivíduo você não lhe tirou uma liberdade, você lhe
deu a liberdade de fazer o que bem entender com essas dez libras.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">É claro, como escola de pensamento
econômico, o distributivismo só faz sentido à luz de uma visão de
mundo abrangente, personalista e atenta às comunidades. Curiosamente
a palavra economia originalmente remontava a idéia de administração
doméstica, e não a essa obsessão por macroeconomia que vemos hoje.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Entre outras coisas, o distributivismo
acaba sendo uma grande apologia da iniciativa privada, pois espera
aumentar o número de possuidores de propriedade privada, estimulando
os indivíduos e as famílias a adquirir ou criar seus próprios
meios de produção, em vez de depender de salários. Essa é a idéia
por trás dos “três alqueires e uma vaca” e não um programa
assistencialista estatal. Em outras palavras, é melhor ajudar e
incentivar que todos a tenham e cuidem de uma vaca do que criar um
programa “bolsa dos sem-vaca”. Claro, as vacas e os alqueires dos
dias de hoje muitas vezes são pequenas empresas, lojas ou
apartamentos.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Justamente por buscar restabelecer a
vida microeconômica – o comércio local –, o distributivismo é
um movimento que acaba aparecendo em oposição ao que pode haver de
nocivo no globalismo.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Embora a globalização tenha seus
postos positivos (ideologia que visa fortalecer administrações
internacionais), ela pode tornar perigosamente frágeis as políticas
locais, comprometendo a possibilidade de contato da vida pública com
o cidadão comum. Muitas empresas hoje são dependentes ou estão
envolvidas de maneira suspeita com governos e organismos
internacionais, impossibilitando o que poderia ser uma verdadeira
livre iniciativa.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Qualquer pessoa que pense que “livre
iniciativa” quer dizer fábricas no Vietnã ou legiões de chineses
pagos com salários irrisórios, trabalhando em benefício de
acionistas de <i>Wall Street</i>, ou de capitalistas do Partido Comunista
Chinês, estará errando feio. Algo muito errado está acontecendo,
quando muitos estão sem emprego e alguns poucos repousam sobre uma
carteira de ações bilionárias, construída em grande parte com
trabalho quase escravo, sustentando uma ditadura na Ásia e ONGs
gigantes que trabalham para suprimir a liberdade individual no
ocidente.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">No entanto, é compreensível que a
clássica objeção levantada contra essa distribuição de
propriedade seja a existência de atividades que aparentemente
demandam grandes organizações. Por exemplo, empresas de automóveis
ou de aviões, para as quais são necessárias fábricas grandes.
Ocorre que nenhumas dessas atividades necessitam de um monopólio (do
ponto de vista da economia liberal isso é indesejável, por sinal),
e nada exclui a possibilidade de serem montadas cooperativas.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Um exemplo de cooperativa hoje se
encontra no país Basco, na pequena cidade de Mondragón, onde o
padre José María Arizmendiarrieta fundou diversas cooperativas. Os
funcionários têm interesse em produzir mais, e ainda mais interesse
no lucro da empresa, porque são eles, de certa forma, os próprios
donos. Essas cooperativas já prosperaram tanto, que hoje a
corporação de Mondragón forma um dos maiores complexos industriais
da Espanha.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Além disso, os funcionários não
vivem sobre constante ameaça de demissão, e nem têm interesse em
conflitos com sucessivas greves. Eles voluntariamente assumem as
posições de direção na cooperativa, sem precisar receber
remunerações adicionais. De certa forma, Mondragón seguiu o que
Chesterton disse: “Fazer o locatário e o locador a mesma pessoa
tem certas vantagens, tal como o locatário não pagar o aluguel e o
locador não trabalhar muito.”. Isso reduz os problemas que podemos
ter com as associações sindicais de hoje, como as brigas entre
sindicatos, ou dos patrões com os empregados.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O distributivismo pressupõe a
liberdade econômica dos liberais, e a adesão a princípios e
valores atemporais dos conservadores. Para esse tipo de reforma não
é suficiente a ausência de um governo excessivo, mas também deve
estar presente o espírito da caridade.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nada resume tão bem isso quanto à
história do economista E.F Schumacher, autor de <i>Small is Beautiful</i>.
Ele se converteu ao catolicismo após ler uma Encíclica diferente do
que geralmente se espera, a <i>Humanae Vitae</i>, de Paulo VI. Diz ele que
essa é a encíclica da Igreja que protege os pequenos, que defende
aqueles que ainda não podem se defender. De todas as reformas que
podem ajudar a economia, a mais urgente, creio que os maiores
distributivistas concordariam, é a dos espíritos.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
O Distributistahttp://www.blogger.com/profile/09970316824484894605noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6580304011016460554.post-75906362127793278462013-12-02T23:52:00.000-02:002013-12-03T01:52:18.045-02:00O que é Distributismo?<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Artigo original: <a href="http://distributistreview.com/mag/wp-content/uploads/2010/07/What-is-Distributism.pdf" target="_blank">The Distributist Review</a> </span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Livre tradução do Editor</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Grande parte da história do Ocidente, desde meados do século XIX, foi a história de dois sistemas econômicos adversários. Desde o Manifesto do Partido Comunista, de 1848, que declarava que “um espectro ronda a Europa”, que de fato, anda um espectro não somente sobre a Europa, mas sobre o mundo inteiro. Não se trata apenas do espectro do comunismo, mas de sistemas econômicos e sociais rivais, que por várias vezes abalaram a humanidade. Mas nas mentes de muitos, esta rivalidade entre os sistemas econômicos chegou ao fim: o comunismo e o socialismo ambos foram derrotados, e, portanto, só resta ao capitalismo reinar triunfantemente em todo o mundo. No entanto, este não é o caso. Numa passagem negligenciada da Encíclica <i>Centesimus Annus</i>, João Paulo II realça que as escolhas da humanidade não estão limitadas ao capitalismo e ao comunismo,agora desacreditado. “É inaceitável a afirmação de que a derrocada do denominado «socialismo real» deixe o capitalismo como único modelo de organização econômica” (nº. 35). Sendo assim, os católicos deveriam conhecer o distributismo, um sistema econômico defendido por algumas das melhores mentes da Igreja, na primeira parte do século XX, homens como G. K. Chesterton, Hilaire Belloc, Padre Vincent McNabb e muitos outros. Vejamos o que é o distributismo e porque muitos católicos o consideram mais semelhante ao pensamento católico do que o capitalismo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Em primeiro lugar, devemos estabelecer algumas definições dos principais termos que iremos utilizar, especialmente o de capitalismo. Muito frequentemente esta palavra não é definida, e cada pessoa lhe dá um significado, bom ou mau, conforme as suas próprias crenças, nunca a definindo claramente. Então, o que o capitalismo não é? O capitalismo não é a posse privada de propriedade, mesmo que se trate de propriedade produtiva, pois tal tipo de propriedade existe na maior parte do mundo desde tempos muito remotos, enquanto que o aparecimento do capitalismo é normalmente situado na Europa do final da Idade Média. Talvez a melhor maneira de proceder seja escolher a definição de uma autoridade, e depois analisaremos como é que se enquadra com os fatos históricos. Viraremos a nossa atenção para a Encíclica <i>Quadragesimo Anno</i> (1931), do Papa Pio XI, em que o capitalismo é definido, ou caracterizado, como sistema “em que ordinariamente uns contribuem com o capital, os outros com o trabalho para o comum exercício da economia”. Por outras palavras, no sistema capitalista normalmente trabalha-se para outra pessoa. Alguém, o capitalista, paga a outros, os trabalhadores, para que trabalhem para ele, e recebe os lucros do seu empreendimento, isto é, o que sobra depois de pagar o trabalho, as matérias-primas, custos administrativos, débitos etc.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Será que não há nada de errado com o capitalismo, com a separação entre propriedade e trabalho? Não há nada de errado em ter uma fábrica ou uma fazenda e empregar outros para trabalharem nelas, desde que lhes pague um salário justo. No entanto, o sistema capitalista é perigoso e imprudente, e seus frutos têm sido nocivos para a humanidade, e os Sumos Pontífices têm apelado a mudanças que, ou iriam eliminar o capitalismo, ou pelo menos reduzir seu alcance de poder.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Deixem-me explicar e justificar as afirmações que acabo de fazer. E para o fazer, preciso primeiro realizar um breve desvio para discutir o propósito da atividade econômica. Por que Deus deu ao homem a necessidade e a possibilidade de criar e utilizar bens econômicos? A resposta é óbvia: precisamos desses bens e serviços, a fim de levarmos uma vida humana. Assim, a atividade econômica produz bens e serviços para o bem de servir toda a humanidade, e todos ordenamentos econômicos devem ser julgados pela sua capacidade de preencher este objetivo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Quando a propriedade e o trabalho estão separados, necessariamente deve existir uma classe de homens, os capitalistas, que estão afastados do processo de produção. Os acionistas, por exemplo, comumente não se preocupam em saber o que a própria empresa, da qual eles são proprietários formais, faz ou produz, pois só lhes interessa saber se o preço das ações estão subindo, e quanto vão ganhar com isso. De fato, na bolsa de valores, as ações mudam de mãos milhares de vezes ao dia, ou seja, diferentes indivíduos ou entidades, tais como fundos de pensões, são proprietários de parte de empresas por alguns minutos, horas ou dias, e em seguida as ações são vendidas, tornando-se donos de outra entidade qualquer. Naturalmente esta classe de capitalistas passa a encarar o sistema econômico como um mecanismo pelo qual dinheiro, ações, títulos e outros substitutos de riqueza real podem ser manipulados para enriquecimento pessoal, ao invés de servir a sociedade, produzindo bens e serviços. Em resultado disto, têm-se feito fortunas através de takeovers hostis, fusões, fechamento de fábricas etc., em outras palavras, aproveitam do direito a propriedade privada, não para se envolverem em atividades econômicas produtivas, mas para se enriquecerem independentemente dos efeitos sobre os consumidores e trabalhadores.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Os Papas realmente justificaram a posse de propriedade privada, mas se analisarmos os motivos e os argumentos do porquê, constataremos que a sua lógica está muito longe da capitalista. Examinemos, por exemplo, a famosa passagem da Encíclica <i>Rerum Novarum</i> (1891), do Papa Leão XIII.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">“[Quem]trabalha em terreno que é seu redobra o seu ardor e a sua aplicação. Chega a pôr todo o seu amor numa terra que ele mesmo cultivou, que lhe promete a si e aos seus não só o estritamente necessário, mas ainda uma certa fartura.” (nº 28)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Mas, o que acontece sob o capitalismo? Os homens aprendem a amar os certificados das ações que lhes renderão dinheiro, em resultado do trabalho de outra pessoa? A justificação que os Papas sempre fizeram da propriedade privada está ligada, ao menos idealmente, à unidade entre a propriedade e o trabalho. Acrescenta Leão XIII: “Importa, pois, que as leis favoreçam o espírito de propriedade, o reanimem e desenvolvam, tanto quanto possível, entre as massas populares” (<i>Rerum Novarum</i>, nº 28), e este ensinamento é repetido por Pio XI na <i>Quadragesimo Anno</i> (nº 3 “REDENÇÃO DOS PROLETÁRIOS” e nº 4 “O JUSTO SALÁRIO”), por João XXIII em <i>Mater et Magistra</i> (números 85-89, 91-93, 111-115), e por João Paulo II em <i>Laborem Exercens</i> (nº. 14). Se “o espírito de propriedade entre as massas” conduzir a um maior nível de proprietários, então a separação fatal entre trabalho e propriedade será, se não eliminada, reduzida em poder de influência. Já não será a característica fundamental do nosso sistema econômico, mesmo que continue a existir.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Isso nos conduz diretamente ao distributismo. Porque distributismo nada mais é do que um sistema econômico em que a propriedade privada está bem distribuída, no qual o maior número possível é, de fato, proprietário. A melhor exposição sobre o distributismo pode, provavelmente, ser encontrada no livro de Hilaire Belloc, <i>An Essay on the Restoration of Property</i> (1936). Atente-se no título, “A Restauração da Propriedade”. Os distributistas argumentaram que no regime capitalista, a propriedade produtiva tornou-se prerrogativa apenas dos ricos, e que isto lhes deu um poder e influência sobre a sociedade muito maior do que aquilo a que tinham direito. E embora formalmente todos tenham o direito à propriedade privada, no capitalismo, na prática ela está restrita aos ricos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Outra característica do distributismo, é que numa economia de propriedade distribuída, haverá limites sobre a acumulação de propriedade. Antes que nos acusem de que isto parece socialismo, devemos recordar o comentário de Chesterton (em “O Que Há de Errado Com o Mundo”, cap. 6), de que a instituição propriedade privada não significa o direito ilimitado à propriedade, tal como a instituição casamento não significa o direito ilimitado à esposas. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Na Idade Média, as Corporações de Ofício, exemplo perfeito das instituições católicas, frequentemente limitavam a quantidade de propriedade que cada dono/trabalhador podia ter (por exemplo, limitando o número de empregados), precisamente no interesse de evitar que alguém expandisse demasiadamente o seu negócio, levando outros à falência. Porque, se a propriedade privada tem um objectivo, como Aristóteles e Santo Tomás insistiriam, é assegurar que cada homem e a sua família possam levar uma vida digna, servindo a sociedade. Mas uma vida digna, e não duas ou três. Se o meu negócio me permite sustentar a mim e minha família, então que direito tenho eu de expandi-lo, privando outros do meio de sustentarem a si e suas famílias? Pois os medievais viam àqueles que se dedicavam às mesmas atividades não como rivais, ou concorrentes, mas como irmãos, irmãos empenhados no importante trabalho de oferecer ao público bens e serviços necessários. E como irmãos uniam-se nas corporações, haviam padres para rezarem pelos seus mortos, fundos de segurança para amparar as viúvas e os órfãos, e de modo geral, olhavam pelo bem-estar uns dos outros. Quem é capaz de admitir que esta concepção de sistema econômico não é mais conforme à Fé Católica do que a ética selvagem do capitalismo?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Percebo que muito do que digo aqui soe estranho a muitos leitores. A maioria dos americanos estão familiarizados apenas com o capitalismo e o socialismo. Mas um pouco de conhecimento sobre a história econômica Católica, e o pensamento econômico tradicional da Igreja, serão suficiente para convencer qualquer leitor sensato que há, para além da dicotomia moderna capitalismo-socialismo, um genuíno pensamento Católico quase desconhecido nos Estados Unidos. E se a atual "ciência" da economia contradiz esse pensamento, então pergunte a si mesmo: que autoridade essa "ciência" tem? Ela surgiu a partir da filosofia deísta dos autoproclamados Iluministas do século XVIII, o que torna curioso que alguns católicos, enquanto condenam (com razão) a filosofia desse século infeliz, abraçam entusiasmadamente suas teorias econômicas, não percebendo que essas teorias surgem a partir do mesm veneno destilado por Voltaire e os Enciclopedistas. Mas não é tarde demais para refazer o nosso pensamento, de acordo com o modelo de Jesus Cristo e de sua Igreja – se estamos dispostos a banir de nossas vidas os ídolos que são adorados em nosso próprio país e embarcar na viagem fascinante de descoberta do pensamente econômico Católico. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i>Thomas Storck </i></span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i><br /></i></span><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i>O articulista é autor de “Foundations of a Catholic Political Order” e “The Catholic Milieu”. E também membro do conselho editorial de “The Chesterton Review”.</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br /></div>
O Distributistahttp://www.blogger.com/profile/09970316824484894605noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6580304011016460554.post-27517516605981037312013-12-01T06:32:00.003-02:002013-12-03T01:15:26.307-02:00DISTRIBUTISMO<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: x-large;"><b><br /></b></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; font-size: x-large;"><b>Perguntas mais frequentes</b></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Texto original: <a href="http://distributistreview.com/mag/test-2/" target="_blank">The Distributist Review</a> </span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Livre tradução do Editor</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>O que é Distributismo?</b></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O Distributismo tem suas raízes nas
teorias sociais e econômicas articuladas nos documentos dos
pontífices católicos, começando com o Papa Leão XIII, na "<i>Rerum
Novarum</i>". Essas encíclicas sociais trazem imperativos para as
transações econômicas e suas relações com o trabalho,
solidariedade, salários, ampla difusão da propriedade e os limites
apropriados à tecnologia. O Distributismo é um sistema econômico
de acordo com os princípios desses documentos, e é centrado na mais
vasta posse de propriedade possível, como a melhor garantia da
liberdade política e econômica. Uma família que tenha sua própria
terra ou suas próprias ferramentas pode levar sua vida sem ser
dependente de um emprego oferecido por terceiros. Assim, o
Distributismo almeja estender a propriedade para o maior número
possível de proprietários, e acabar com a concentração da
propriedade nas mãos de poucos capitalistas, ou do Estado.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>O que são os 'meios de produção'?</b></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Meios de produção são terra,
ferramentas e equipamentos necessários ao trabalho de transformação
de materiais brutos em bens e serviços. Como riqueza (bens ou
serviços) somente é possível pela combinação dos meios de
produção, trabalho e matérias-primas, acreditamos ser melhor
quando são adquiridos em modelo de cooperativa (de propriedade do
trabalhador) ou inteiramente operados pela família.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>Vocês são Capitalistas ou
Socialistas?</b></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nenhum dos dois. Capitalismo - ou
proletarianismo - é um sistema baseado na maximização do retorno
dos investimentos, e busca isso à custa do trabalho e do bem comum.
O Socialismo busca eliminar a propriedade e colocá-la nas mãos de
um governo impessoal e centralizado. Ambos sistemas - Capitalismo e
Socialismo - limitam a real propriedade na prática. A única
diferença entre um Estado socialista e um capitalista é se o poder
está concentrado em poucas mãos privadas ou burocráticas.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>Então vocês não apoiam um "Governo
Grande/Estado Grande"?</b></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Distributistas são descentralistas,
que acreditam que a maioria das funções organizacionais (negócios,
governo ou trabalho) deveriam ocorrer no menor nível de competência
possível (subsidiariedade). Instituições como cooperativas e
governos locais contribuem para a redução dos controles excessivos
em larga escala, sejam eles burocráticos ou comerciais.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>O que tem a ver com justiça?</b></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Desde os tempos de Aristóteles os
filósofos e economistas consideram a justiça como um elemento
integrante do mercado; um fator a ser considerado antes que as trocas
se efetivem. Todavia, durante o período da história conhecido como
Iluminismo, surgiu o equívoco de que a justiça social viria somente
por meio das "forças do mercado", ou do planejamento
centralizado pelo governo. Nesse caso, o homem se torna uma mera
engrenagem na máquina da economia, ele é reduzido a uma
insignificância material que desconsidera sua natureza decaída ou
<i>telos </i>(propósito). Assim, reconhecemos a dependência do homem aos
bens materiais, reconhecemos que o comércio e as políticas sociais
devem estar subordinados à sua vocação virtuosa.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>Não seria o Distributismo menos
eficiente, tornando a todos mais pobres?</b></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Embora o capitalismo afirme ser
altamente "eficiente", ele não funciona tão bem sem
massivas despesas e intervenções governamentais. Os distributistas
afirmam que a propriedade produtiva é uma geradora genuína de
riqueza, porque serve e sustenta a família materialmente (comida,
roupa e abrigo), e cultiva a alma através do trabalho. Ademais,
evidencia-se que a propriedade distribuída é na verdade mais
eficiente e menos dependente de enormes conglomerados governamentais
ou corporativos. A propriedade significa liberdade para as famílias
em relação à volatilidade financeira; partindo da perspectiva dos
proprietários, a terra transcende os valores de mercado, devido à
sua indispensabilidade para a estabilidade da família.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>Qual é a sua posição em relação
à nossa atual crise econômica?</b></span></div>
<br />
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Salários estagnados, usura,
especulação, derivativos, desperdício e dívidas dos consumidores
são somente uma parte dos problemas que transformaram uma terra de
pequenos negócios e pequenos fazendeiros em uma nação dividida
entre corporações entregando suas responsabilidades aos
contribuintes e um governo complacente com os empregos sendo enviados
ao exterior. Com relativamente poucos produtores e mais produção
terceirizada, a confiança da família em obter alimentos saudáveis,
salários justos, casa própria, serviços de saúde e educação
apropriada para seus filhos através do emprego, entrou em colapso.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>Como o Distributismo planeja nos ajudar
a restabelecer a sanidade econômica?</b></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br />
</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nós acreditamos que um renascimento da
economia local irá reparar o dano causado pelas grandes empresas que
pressionam o governo por maiores subsídios do erário público. O
Distributismo avança com uma economia humana e uma política social
investida nas necessidades da família, através da posse da
propriedade e tecnologia sob medida. Nossos objetivos incluem a
restauração do sistema de cooperativas, o apoio a negócios
familiares, a promoção empresarial nas propriedades dos
trabalhadores, empréstimos de microcrédito, apoio a agricultura
comunitária e a associações encarregadas de implementar programas
de produção vigorosos. Apoiamos iniciativas políticas para
favorecer políticas de tributação diferenciadas, assistência
jurídica para os negócios caseiros, assim como a revisão de
práticas dos setores contábil e bancário. Pretendemos atingir
nossos objetivos formando um movimento popular de acadêmicos e
leigos, trabalhando juntos para criar seções regionais dedicadas à
execução do programa Distributista.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>Isso tudo não é muito utópico?</b></span></div>
<br />
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Não, o Distributismo é um sistema
prático, que é validado por vários exemplos de empresas
Distributistas em funcionamento; em pequena escala, existem milhares
de empresas baseadas em casa e de posse dos seus trabalhadores,
bancos de microcrédito, cooperativas de crédito, e companhias de
seguros; em grande escala, há a corporação de cooperativas
Mondragón, na Espanha, uma das mais bem sucedidas cooperativas na
Europa, e a economia Distributista de Emilia-Romagna (Bologna), na
Itália, onde mais de 45% do PIB vem de cooperativas, e que possui
um padrão de vida que é o dobro do restante da Itália, e um dos
maiores da Europa. As economias e companhias Distributistas têm uma
vantagem competitiva inerente sobre suas contrapartes capitalistas e
socialistas, assim como benefícios sociais e comunitários que o
capitalismo e o socialismo não conseguem desenvolver.</span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
O Distributistahttp://www.blogger.com/profile/09970316824484894605noreply@blogger.com2